19/03/2007

março 19, 2007
8

Pétala a pétala,
a flor morria.
Leves, leves flutuavam,
ruflavam tristes, sozinhas,
as pétalas que alcançaram seu tempo.

Temerosas,
viram o céu que se afastava,
viram o chão que as esperava;
silenciosas e invejosas
das outras pétalas
que brotavam, ainda,
lá no alto.

Melancólicas, as pétalas
quedavam-se no chão,
espalhadas, feridas;
amorfas, vazias,
abatidas pela solidão.




Lial, William. O Mundo de Vidro. Fortaleza: Imprece, 2005.
Imagem: Martin Johnson Heade, Three Red Roses in a Metal Vase on Gold Velvet, 1883-00.

8 comentários :

  1. Tudo nessa vida tem seu ciclo.Homens rudes ou flores delicadas, tudo nasce, vive e um dia vai ao chão, desfalece e inicia-se um novo ciclo.
    Bela poesia, suave como a despedida da flor...

    Beijo grande,
    Lua.

    ResponderExcluir
  2. eu adoro ler contos e poesias. Choro diante de um conto ou uma poesia que realmente me emocione. Li suas poesias. São lindas!!!!!!!!!!

    ResponderExcluir
  3. Obrigado, Ana Valéria:

    É bom que ainda existam pessoas que se emocinem com poesia. Pena que não posso ver seu blog, seu perfil está desativado e não abre.

    Um beijo!

    ResponderExcluir
  4. Will, que delicadeza... que beleza!

    ResponderExcluir
  5. Obrigado, Arlene! É bom sentir o poema.

    ResponderExcluir
  6. Ah, Renata (Lua), só agora percebi que meu comentário ao seu comentário nunca apareceu aqui. Inacreditável, rs.

    Mas seu comentário já é uma poesia.

    Um beijo, menina!

    ResponderExcluir

Voltar ao topo