31/10/2009

outubro 31, 2009
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Esses dias, Collor de Mello ganhou um processo contra a revista VEJA, que em 2004 publicou uma matéria o incluindo numa rede de corrupção junto a PC Farias ― que maldade. Collor se sentiu ofendido e desrespeitado com a matéria, não gostou de ser tratado como corrupto.

Coitado, imagino como não deve ter se sentido o ex-presidente, tão sério, tão bom, honesto e eficiente como presidente, um político cumpridor do seu dever, um exemplo de integridade e retidão para a sociedade brasileira, e por que não dizer para o mundo. Não se deve agredir um íntegro assim. Chamar o nobre senador de “Big Boss”, como fez a revista, é demais para um homem probo suportar. Devemos lembrar que na época do julgamento do ex-presidente Fernando Honesto Collor de Mello ele foi absolvido das acusações por que o material do esquema de corrupção não foi aceito como prova, devido ter sido adquirido sem a autorização da justiça. O que deixou o acusado livre como inocente, ou seja, aqui estão as provas que colocam o acusado no meio da falcatrua, mas elas foram conseguidas sem a autorização da justiça, então mesmo tendo documento que provam sua participação no esquema ele é inocente, claro, ora, deixem o bichinho em paz. Por isso agora ele ganha R$ 30.000,00 reais num processo contra uma revista que mente sobre ele.

Depois disso tudo, me sobra uma questão: quem foram os gênios que elegeram Collor para senador, depois de tudo o que ele fez? Bem, não sei quem são, mas com certeza são tão inteligentes quanto os que elegeram o Maluf para deputado federal, em São Paulo, como o mais votado do país ― depois de tudo o que soubemos dele e de sua família. Mas tudo bem, isso são apenas prêmios dados a quem nos faz tanto bem.

Com licença, vou vomitar!



Imagem: Caravaggio, Jovem Baco, 1595.

3 comentários :

  1. Gostei da indignação! Tb fico espantada com o resultado das eleições; pergunto-me se não seria melhor se não fossem obrigat'orias...Quem sabe então s'o votariam os que sabem o q estão fazendo, é o jeito enquanto não se investe pesado na educação.

    Beijos, Lial! e parabéns, sempre!

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  2. Cybèle/ ando com a cabeça aerea...não lembro se assinei o comentàrio, Bjs.

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  3. Cybèle,

    Também acho que poderia ser melhor se o voto não fosse obrigatório; claro que os políticos ainda comprariam com bugigangas os "índios" de hoje - a semelhança dos do descobrimento -, também conhecidos como analfabetos funcionais - quando não são analfabetos de fato - para votarem neles, porém, numa democracia não deveria existir a obrigação do voto.

    Sobre políticos, certa vez, Stendhal, em carta a Balzac, disse: "Como todos os patifes políticos têm tom declamatório e eloquente, estaremos enjoados desse tom em 1880". Mas, infelizmente, ele se enganou, ainda votamos nesses patifes, por ainda sermos engabelados por seu tom declamatório e eloquente.

    Um beijo, Cybèle!

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