Chegou a hora de esclarecer o tema do poema Vates Eternos. Não vou fazer um ensaio ou comentário longo sobre ele – não gosto da idéia de fazer um trabalho minucioso sobre minha própria criação, por isso vou fazer apenas uma compreensão do tema. Então vamos a ela:
Bem, o amor que a Elida disse ver sendo desprezado pelo ser amado não está de todo longe do real tema do poema; já a Fernanda acertou prontamente que o poema fala do poeta – Fernanda, você reconheceu a palavra vate como poeta, não foi?! – e é desprezado pelo objeto do seu desejo; a Larissa acertou sobre o eu-lírico se sentir machucado e não desistir de seu intento; quanto ao meu xará, William, acertou em dizer que não adianta correr. Entretanto, na verdade, o poema não fala de um amor romântico, homem/mulher, mas sim de um amor, um relacionamento poeta/povo.
A palavra vate, como alguns devem saber, além de ser a palavra em latim que deu origem ao que conhecemos hoje como vaticinar, prever, também é usada para se referir a poeta, O vate fulano de tal acaba de publicar um novo livro etc. etc. e tal. Sabendo disso, já se pode imaginar que o poema trate do ser poeta. E é exatamente isso, o poema trata do poeta confrontando o mundo que nega a poesia (a poesia sofre o desinteresse de grande parte do mundo leitor, sendo o gênero literário menos lido no mundo). Esse poema busca retratar que sua fonte de inspiração, seu motivo é o próprio ser humano, e que não adianta se esconder ou negar o verbo do poeta por que sempre haverá um vate, um poeta, por aí escrevendo sobre os sentimentos do mundo. Ou seja, quando escrevi esse poema, há muitos anos, não minha cabeça havia apenas a idéia de escrever sobre a recusa de grande parte dos leitores em gostar, em ler poesia, não tive nunca um motivo romântico quando o confeccionei. Contudo, sempre acontece de os leitores enxergarem nele um poema romântico, um poema sobre perda, sobre alguém que se sente negado; um apaixonado não correspondido. E concordo que é fácil ver isso, o poema tem toda a estrutura de um poema desse tipo, e não deixa de ser um poema sobre amor, mas um amor diferente, um amor sobre a arte e seus apreciadores – no caso, não-apreciadores.
Enfim, como Elida, Fernanda, Larissa e William, de certa forma, acertaram um ponto real nos versos, além de aceitarem vir aqui e comentar o poema, vou presentear a todos. Então, peço a vocês quatro que me enviem seus nomes e endereços completos, não esqueçam o CEP, para esse e-mail (wlial@hotmail.com) que, logo que os correios saírem da greve, envio o livro Noturno para vocês.
Obrigado a vocês por terem atendido ao meu convite e bom fim de semana!
Um grande abraço!
OBAA!! :) Obrigadão!
ResponderExcluirOlha só agora eu li o poema de novo e entendi... Ficou mais lindo ainda depois do seus esclarecimento...
ResponderExcluirA palavra vate tinha ficado na minha cabeça depois de umas desastrosas aulas de latim...
Obrigada e te passo o endereço...
Larissa, primeira mineira, moradora da Via Lactea, que segundo uma senhora na TV, trata-se de uma marca de leite: Vou preparar seu pacote!
ResponderExcluirFernanda, segunda mineira: aguardo seu endereço.
Um Beijo às duas ragazzas!
Eu ganhei... tam, tam, tam!!
ResponderExcluirEu ganhei... tam, tam, tam!!
Obrigada amigo!!!
Nossa, fico tão feliz quando sou presenteada!!
Aqui torcendo para o final da greve dos correios.
Beijo grande!
Elida
Elida,
ResponderExcluirFico feliz quando deixo alguém feliz. E vamos fazer figa para o fim da greve dos correios.
Um beijo!