Há alguns dias atrás um leitor, que não vou identificar aqui, já que ele me escreveu em particular e não publicamente, me mandou um e-mail relacionado aos meus textos sobre as gafes de Berlusconi e as atitudes do presidente Morales, da Bolívia, dizendo estar cansado de ler minhas crônicas simplistas e reacionárias. Simplistas porque talvez nosso colega quisesse que eu me aprofundasse em cada assunto, usando detalhes históricos, sociológicos, filosóficos etc. Ele não deve ter entendido que se tratava apenas de alfinetadas divertidas nas autoridades e não uma tese política. Quanto a eu ser um Reacionário, eu lhe perguntei se ele fazia alguma idéia do que significava essa palavra que tão enfaticamente usava contra mim, mas não obtive resposta. Todavia vejamos por nós mesmos: segundo me consta, Reacionário é alguém contra a liberdade, muito conservador, retrógrado, contra revoluções. Um termo que, se não me enganado, foi usado pela primeira vez durante a Revolução Francesa, referindo-se as pessoas que eram contra, reacionárias a tal revolução; sendo também usada como ideologia pelos Nazistas contra os Judeus, afirmando que estes eram reacionários e, portanto, deveriam morrer. Aos olhos do meu crítico, esse sou eu.
Uma indignação como essa muito me surpreende, principalmente por vir de alguém que, pelo que soube, é um pós-graduado, o que, a princípio, poderia ser motivo para um melhor conhecimento de mundo e melhor qualidade de interpretação; mas isso já é um preconceito meu – um pré-conceito –, sim, porque o fato de alguém ter uma pós-graduação não estabelece que esse alguém seja dotado de grande cultura, o que é uma pena; por outro lado, quem sabe o errado seja eu, que não interpreto bem aquilo que publico e, portanto, sou mesmo um Reacionário?!
Uma indignação como essa muito me surpreende, principalmente por vir de alguém que, pelo que soube, é um pós-graduado, o que, a princípio, poderia ser motivo para um melhor conhecimento de mundo e melhor qualidade de interpretação; mas isso já é um preconceito meu – um pré-conceito –, sim, porque o fato de alguém ter uma pós-graduação não estabelece que esse alguém seja dotado de grande cultura, o que é uma pena; por outro lado, quem sabe o errado seja eu, que não interpreto bem aquilo que publico e, portanto, sou mesmo um Reacionário?!
Imagem: Iman Maleki, Dizziness, 1998.
Oi William tudo bem?
ResponderExcluirAcho divertido poder ver essas gafes de pessoas conhecidas, assim vemos o quanto eles sao como nós. Conheci um senhor certa feita com tanta sabedoria que pensava que ele tivesse feito várias faculdades, para meu espanto ele só tinha o ginásio completo, mas dava um banho em qualquer assunto e sabia muito bem o que falava. Perguntei-lhe como ele podia saber tantas coisas, ele me respondeu: Lendo.
William, cheguei aqui por um comentário seu lá no meu outro blog. http://www.elasestaolendo.blogspot.com/
Só para esclarecer que nao baseei minha opiniao sobre o que li nos sites em inglês e em alemao; apenas pesquisei por pensar que eu seria a única que nao teria gostado da obra de Isabel Allende, já que ela é um nome de peso; e qual nao foi a minha surpresa em ver que outras pessoas tinham tido os mesmos sentimentos que eu em relacao a Eva Luna. Mas nao baseei o meu parecer sobre o livro baseado nessas opinioes, muito pelo contrário. Achei que eu estaria louca em ir num sentido completamente ao contrário a outra opinioes, já que os outros livros dela foram um sucesso, mas nao foi assim e descobri que nem todos gostaram de Eva Luna como eu também nao.
Obrigada por sua opiniao.
Gostei do seu blog, vou voltar depois que voltar de férias.
Um bom fim de semana prá você.
Georgia:
ResponderExcluirObrigado por vir e comentar o meu texto e o meu comentário lá no seu outro blog. Aliás, já fui entrevistado por ele, uma vez, mas não lembro se minha entrevista foi ao ar.
Até sua volta!
William, entrevistado por ele quem?
ResponderExcluirAs editoras do blog sao duas mulheres, rs, eu e a Flávia.
Nao entendi...que tipo de entrevista?
Abracos
Georgia,
ResponderExcluirQuando eu disse ele, eu me referia ao blog “http://www.elasestaolendo.blogspot.com/”, ( ele = blog), e a pessoa que me convidou para a entrevista foi você mesma, em abril deste ano; há inclusive, um recado seu no meu blog. Este foi o recado:
“Oi William, estou vindo conhecer o seu texto, pois, vi que você foi um dos indicados.
Gostei muito do seu texto.
Tenho um blog só de leituras.
E todo dia 20 de cada mês entrevistamos um autor.
Quer vir nos conhecer?
http://www.elasestaolendo.blogspot.com/
Teríamos o maior prazer.
Abracos”
O endereço, no meu blog para você ver o seu recado é:
http://williamlial.blogspot.com/2009/04/quem-foi-seu-monteiro-lobato-blogagem.html
Pode clicar aí e descer a barra de rolagem que seu recado está lá embaixo.
Depois disso ainda nos falamos pelo e-mail para eu lhe responder as suas perguntas. O livro do qual falei foi “O som e a fúria”, de William Faulkner, mas me parece que nunca publicaram a entrevista porque nunca recebi comentário de vocês.
É isso!
Um abraço!
William,
ResponderExcluirNão sei o que está havendo,não consigo postar em seu blog,inclusive no post mais recente.
Já havia comentado a respeito,deste post.
bem,eu não o acho nem simplista,nem reacionário,obrigada pela visita e comentário,como sempre um grande aprendizado
boas energias
Mari
Mari:
ResponderExcluirEstá havendo um problema com alguns blogs, para postar eu estou tendo que usar a forma html porque a "escrever" não funciona, também pode estar havendo algum problema para postar comentários. Mas, enfim, aqui está o seu comentário, m'bela.
Obrigado pela defesa e um grande beijo!