Óleo de peroba na Inglaterra

O que você acha de não mais precisar trabalhar, de ter seu tempo livre para fazer o que quiser? Vamos, pense, imagine a situação, se veja, eu tenho a solução pra você: engorde até se tornar um obeso e se mude para a Inglaterra. E então, o que acha? Acha que eu estou brincando? Não estou não, mas você tem que se tornar cidadão inglês.

Antes que me tome por louco, vou esclarecer de onde eu tirei essa idéia “fantástica”. Na Inglaterra, uma família inteira - um casal e três filhos adolescentes ― não trabalham porque, como justificam, são gordos, e como gordos não podem trabalhar.

― Lamento, rainha, mas olha o tamanho de nossas barrigas, não podemos, sua majésta, hehe.

― O papi tem razão aí, sua majés. A gente quer muito, muito mermo trabalhar, mais num dá com essa fofura aqui não, aí.

O pai da família, por exemplo, não trabalha há onze anos, já os outros membros, nunca trabalharam, e, pelo visto, nunca vão, já que, atualmente, seu país dá uma pensão a eles para que possam viver bem sem trabalhar. Contudo, entretanto, porém, ainda assim, os fofinhos, recentemente, foram à justiça pedir um aumento na pensão.

― Sabe o que é, excelência, o dinheiro que o estado está dando pra gente é uma mixaria, não está dando pra gente comprar comida; o senhor entende, não é, engordamos um pouquinho nesses últimos anos, uns quinze quilinhos só, e precisamos comer um pouco mais para manter a nossa forma, hehehe ― imagino que foi quase isso que o pai falastrão disse à justiça.

Não seria exagero dizer que esses patrocinadores do óleo de peroba inglês comem, quase que literalmente, o dinheiro público, talvez com um pouco de maionese. Eu sempre soube que a libra esterlina era uma moeda forte, mas nunca imaginei que fosse tão pesada. Depois dizem que só no Brasil tem malaca.

E aí, alguém está afim de uma buchada para ajudar na manutenção do peso, quem sabe não consegue uma pensãozinha aí com o Lulinha?!


 

Imagem: Lucian Freud, pintor neto de Sigmund Freud.