O livro que mais me marcou... Não tenho o livro que mais me marcou, nunca tenho uma obra como a mais importante de todas. Assim como não tenho o melhor músico, melhor banda, melhor escritor, melhor filme, melhor pintor ou pintura, não tenho o melhor livro ou o mais marcante. Existem aqueles que estão entre os que mais me impressionaram ou chamaram a minha atenção por algum motivo: qualidade de composição, criatividade, tema, sentimento, prazer. Então como resolvo este problema? Vou escolher um dentre os livros que mais importantes me foram, não por que ele seja o mais importante, mas por que ele é um deles, e preciso falar apenas de um. Então vamos a ele.
Existe um livro que sempre dou de presente aos amigos, chama-se Sidarta. Este livro foi escrito pelo alemão Hermann Hesse, e é o seu livro mais famoso ao lado de Demian e O lobo da estepe. Todos os três são livros fantásticos. Você ainda não leu nenhum deles?, “Eu não”, sinceramente, como você não leu nenhum deles?, “Sei lá! Estive ocupado lendo uns livros para engrandecer meu espírito”, livros de auto-ajuda?, “É, isso!”, vai de retro, auto-ajuda! Se isso servisse de alguma coisa você não continuava aí com essa cara de Por que o mundo não gosta de mim se sou tão legal? Mas vamos mudar de assunto, estou aqui para falar de um grande livro, e não o contrário. O jomentleman aqui falou sobre engrandecer o espírito, e é isso mesmo que faz Sidarta, engrandece seu espírito, à medida que você ver o protagonista, que se chama Sidarta, engrandecer o espírito dele. Hermann Hesse foi um escritor apaixonado pelos temas do oriente; inclusive, quando se mudou para a Índia, converteu-se ao budismo, que adotou para o resto de sua vida, e isso causou forte influência em seus escritos. Nesse livro ele usou a figura de um homem rico chamado Sidarta que abandona toda a sua riqueza para encontrar a verdade, a espiritualidade, seguindo o caminho de seu homônimo, Sidarta Gautama, o Buda. Hesse, de certa forma, usa a vida e os ensinamentos de Sidarta, o Buda, como inspiração para seu livro e os nuances da vida de Sidarta, o protagonista de sua obra; uma inspiração, com outra forma de encontrar seu caminho, e não uma mesma vida, simplesmente seguindo os mesmos passos do Buda. Eu explico, “Isso, por favor, explique”, foi o que eu acabei de dizer, que vou explicar, “A sim, desculpe, falei só para frisar”, certo: Sidarta, do livro, era filho de brâmane (sacerdote indiano) que partiu com o seu amigo Govinda, também filho de brâmane, a procura de Buda e seus Samanas (ascetas seguidores de Buda), na busca pelo conhecimento interior e o da vida. Mas ao encontrar Buda e seus seguidores, descobre que seu caminho é outro, e diz ao iluminado:
Existe um livro que sempre dou de presente aos amigos, chama-se Sidarta. Este livro foi escrito pelo alemão Hermann Hesse, e é o seu livro mais famoso ao lado de Demian e O lobo da estepe. Todos os três são livros fantásticos. Você ainda não leu nenhum deles?, “Eu não”, sinceramente, como você não leu nenhum deles?, “Sei lá! Estive ocupado lendo uns livros para engrandecer meu espírito”, livros de auto-ajuda?, “É, isso!”, vai de retro, auto-ajuda! Se isso servisse de alguma coisa você não continuava aí com essa cara de Por que o mundo não gosta de mim se sou tão legal? Mas vamos mudar de assunto, estou aqui para falar de um grande livro, e não o contrário. O jomentleman aqui falou sobre engrandecer o espírito, e é isso mesmo que faz Sidarta, engrandece seu espírito, à medida que você ver o protagonista, que se chama Sidarta, engrandecer o espírito dele. Hermann Hesse foi um escritor apaixonado pelos temas do oriente; inclusive, quando se mudou para a Índia, converteu-se ao budismo, que adotou para o resto de sua vida, e isso causou forte influência em seus escritos. Nesse livro ele usou a figura de um homem rico chamado Sidarta que abandona toda a sua riqueza para encontrar a verdade, a espiritualidade, seguindo o caminho de seu homônimo, Sidarta Gautama, o Buda. Hesse, de certa forma, usa a vida e os ensinamentos de Sidarta, o Buda, como inspiração para seu livro e os nuances da vida de Sidarta, o protagonista de sua obra; uma inspiração, com outra forma de encontrar seu caminho, e não uma mesma vida, simplesmente seguindo os mesmos passos do Buda. Eu explico, “Isso, por favor, explique”, foi o que eu acabei de dizer, que vou explicar, “A sim, desculpe, falei só para frisar”, certo: Sidarta, do livro, era filho de brâmane (sacerdote indiano) que partiu com o seu amigo Govinda, também filho de brâmane, a procura de Buda e seus Samanas (ascetas seguidores de Buda), na busca pelo conhecimento interior e o da vida. Mas ao encontrar Buda e seus seguidores, descobre que seu caminho é outro, e diz ao iluminado:
E… eis o meu raciocínio, ó Augusto… ninguém chega à redenção mediante doutrina! A pessoa alguma, ó Venerável, poderás comunicar e revelar por meio de palavras ou ensinamentos o que se deu contigo na hora da tua iluminação!
(...)
Por isso, hei de prosseguir na minha peregrinação, não para ir à procura de outra doutrina melhor, já que sei muito bem que não há nenhuma, senão para separar-me de quaisquer doutrinas e mestres, a fim de que possa alcançar sozinho o meu destino ou então morrer. Contudo me lembrarei freqüentemente deste dia, ó Sublime, e desta hora, na qual um santo se deparou aos meus olhos.
Assim o herói do livro segue sozinho seu caminho, deixando Govinda com o Augusto. Nesse caminho conhece mulher e nova riqueza, mas sempre que se sente fugir de seu propósito abandona tudo e volta a busca sua estrada, até que se torna um balseiro famoso por seus conselhos e espiritualidade, chegando por fim a ser encontrado por seu filho, que não chegou a conhecer por que era filho de uma mulher que conheceu, nas suas viagens em busca da sabedoria, e a deixou antes que tomasse conhecimento de sua existência. Nesse período também reencontra Govinda. Enfim, a vida desse filho de brâmane, que se torna brâmane também, é cheia de ensinamentos e nos faz pensar, refletir sobre nós e nosso mundo, a forma como vivemos e quais escolhas fazemos para nossas vidas.
Esse livro me marcou, assim como todos os outros que li de Hesse ― Demian é outra pérola que mexe com você, mas hoje falo apenas de Sidarta, até mesmo para não fugir às regras da proposta do post ―, a forma como o escritor delineia a vida de Sidarta, as questões abordadas com delicadeza e profundidade de quem sabe do que está falando, de quem pesquisou e estudou atentamente o tema, a riqueza das imagens, a força das palavras e a sensação de paz e, ao mesmo tempo, intriga que causa no interior do leitor mais sensível e atento é algo que faz valer à pena ler essa obra de arte.
Leiam Sidarta, não importa em que acreditam, que religião seguem ou se são agnósticos, ou ainda ateus, mesmo não acreditando num deus podemos acreditar numa melhor forma de viver, de sermos felizes, podemos acreditar e procurar descobrir a força que há dentro de cada um de nós; se não acredito que o ser humano tenha um espírito, posso acreditar que tenha uma essência, e essa essência pode ser moldada e aperfeiçoada.
Então, boa leitura!
Imagem: capa do livro Sidarta, de Hermannn Hesse, editado pela Companhia das Letras.
Este livro é lindíssimo, excelente escolha.
ResponderExcluirMuito obrigada por participar da coletiva, estou adorando passear pelas leituras de todos.
Abraço
Sabia que você era uma mulher de bom gosto (rs!). esse livro é maravilhoso. Hermann Hesse é maravilhoso.
ResponderExcluirUm beijo, menina!
A ideia é sempre essa. Encontrarmos, não só a alegria em bons livros, mas também algo profundo que nos eleve e acrescente conhecimentos.
ResponderExcluirParabéns pela indicação. Já está em meus favoritos para leitura.
Abraços e parabéns pelo texto e pela participação.
Obrigado pela leitura, Neto. Fico feliz que tenha se interassado por esse livro após me ler. Espero que você o leia mesmo; terá uma grande leitura.
ResponderExcluirUm grande abraço!
Parabéns, William, consegui me concentrar no texto mesmo quase saindo do trabalho,cansado.
ResponderExcluirEu estou engatando na leitura propriamente dita, recentemente, então, este livro não o conhecia mesmo.
Também acho muito difícil eleger uma obra única, sempre tiro algo de cada uma para aderir aos meus gostos.
Tô achando muito legal ver as postagens do povo...difícil dar conta de tudo..rsss
Um abraço.
Marcelo.
Esse livro é super famoso, mas eu nao o conheco.
ResponderExcluirMas a sua resenha ficou muito boa.
Olha, vou aproveitar e te convidar a fazer uma resenha num outro blog que tenho sobre livros:
http://www.elasestaolendo.blogspot.com/
Passe por lá para me confirmar.
Um abraco
É Marcelo, será difícil ler todos os blog.
ResponderExcluirUm grande abraço, meu querido, e obrigado sempre por vir me visitar.
Georgia,
ResponderExcluirEste não é um daqueles livros best sellers de vendas na atualidade, é um best seller de qualidade, o que é infinitamente melhor, tendo em vista que a maioria dos best sellers de vendas, hoje em dia, são livros horríveis de qualidade, vendem por que são fáceis e dizem o que todos já sabem, de uma forma vulgar e ingênua, com metáforas ruins e pobres. Mas há exceções, claro, há best sellers que são realmente bons. Mas leia Sidarta, é um grande livro de um grande autor. Esses escritorezinhos de auto-ajuda que têm por aí, aos montes, deveriam ler esse romance para saberem como é que se escreve; se bem que acredito que eles não tem capacidade para entender esse livro.
Um beijo, menina!
Estamos no campo da literatura alemã então, William! O Sidarta é maravilhoso... Eu o li inteiro durante algumas aulas sobre a Odisséia na universidade. (hehehe)
ResponderExcluirValeu pela visita e pela contribuição com as informações. Depois vou dar uma passeada a mais pelo seu blog.
Abração!
Estamos sim, Vinícius; grandes escritores vieram de lá, não é?! Hermann Hesse, Thomas Mann, Goethe, Günter Grass etc. Gostos de escritores de todos os lugares só precisam ser bons para mim.
ResponderExcluirUm abraço!
Excelente dica!
ResponderExcluirParabéns pela resenha.
Abraços, Michelle
Obrigado, Michelle.
ResponderExcluirÉ realmente um grande livro.
Obrigado pela leitura e pela visita.
Um abraço!
É, sobre clássicos e literatura canônica acho que teríamos muito o que falar.
ResponderExcluirSobre o Rock, eu tinha uma banda de hard rock anos 80 que fez algum sucesso no meio aqui em Curitiba. A banda acabou há dois anos, mas nesse mês faremos mais um show que será um remember. haha
Bom pra curtir.
Até.
Diferentemente de sua conduta, meu jovem, elejo sim os meus melhores. A diferença é que tais listas não são imutáveis e a todo instante passam por transformações.
ResponderExcluirNo campo da literatura, em que pese a frequência de minhas leituras não ser tão constante quanto gostaria (ou quanto outrora), é comum que o triunvirato Goethe-Kafka-Dostoiévski a domine. Hoje, creio que meu livro favorito seja Noites Brancas, do bom russo. Amanhã, quem sabe...
Confesso que Hesse nunca li, apesar dos apelos de meu irmão. :)
Também adoro os russos, meu amigo, você sabe; na verdade, adoro o triunvirato que você citou.
ResponderExcluirUm grande abraço!
Willian, eu se fosse sua amiga ficaria muito feliz em ganhar este livro de presente! (rs*)
ResponderExcluirDifícil falar de filosofia oriental sendo um ocidental. Além de Hermann Hesse, acho que somente Schopenhauer conseguiu a façanha.
Excelente leitura!
Boa blogagem!
Que bom que gostou,Luma, mas acho que você já tem esse livro, não tem?!
ResponderExcluirUm beijo, menina!
Olá!
ResponderExcluirPoxa! nunca tinha ouvido falar desse livro, achei-o super especial, adorei seu post. Este livro já faz parte da minha lista.
Grande beijo
Olá,
ResponderExcluirNunca li qualquer livro deste autor mas adorei a sua resenha e você acendeu em mim a curiosidade para lê-lo...Por sinal,só a pequena introdução do livro realizada por você me fez quastionar:será que vale à pena produrar o caminho e não apreciar e viver o que se encontra na estrada?Às vezes,a procura constante de significado para a vida nos leva abrir mão de presentes importantes que a mesma nos oferece como um filho...Bjus e amei seu blog...
Herdei este livro de meu avô, e até hoje não conclui a leitura. Agora me animei a terminar...
ResponderExcluirBom questionamento, Lis.
ResponderExcluirObrigado pela sua visita, pela leitura, e fico muito feliz que tenha gostado do meu blog.
Volte sempre!
Um beijo, menina Lis!
Oi, Cristiane.
ResponderExcluirObrigado por ter vindo aqui ler meu post. O livro é maravilhoso mesmo. Leia-o, é impossível não gostar.
Um grande beijo e volte sempre!
Olá Wiliam,
ResponderExcluirde Herman Hesse li apenas Demian, o que já foi mais que suficiente para me causar uma excelente impressão sobre o autor.
Excelente post, parabéns e abraços.
Caro William = gostei muito de ler "O livro de minha vida",que me trouxe recordações das leituras que fiz das obras de Hermann Hesse na minha juventude.Quando estiver inspirado em presentear gostaria que o primeiro fosse "Sidarta" e depois,nas crises seguintes,"Demien" e "O lobo da estepe".Abraços
ResponderExcluirDemian é um livro maravilhoso, Luciano.
ResponderExcluirObrigado pela visita e pelo elogio.
Um grande abraço!
Pode deixar, meu amigo Adolpho Quixadá, a ordem dos presentes está perfeita.
ResponderExcluirUm grande abraço!
Interessante, no mínimo curioso, nem tanto pelo livro, mas pela sua paixão impregnada em cada palavra, leria o tal livro pela sua sincera devoção, e pelo o quanto ele lhe fez/faz bem,
ResponderExcluirabraço,
Obrigado, Ester.
ResponderExcluirSou apaixonado pelo que faço, que é escrever, e pelo que leio e gosto. Mas o livro é mesmo muito bom; é um grande romance sobre o ser humao, sem pieguice. Ao contrários dos romances de auto-ajuda que andam por aí.
Abraço!
Olá William
ResponderExcluirRealmente Sidarta é um livro maravilhoso, tenho ele aqui em casa e é um dos meus livros que merece destaque.
Muito boa escolha...
Uma ótima noite para você
Obrigado pela visita, Adriana.
ResponderExcluirVolte sempre!
Senhorita funcionária do mês (este é seu nome mesmo? rs! Estou brincando!),
ResponderExcluirAproveite a vontade e leia, não vai se arrepender.
Obrigado pela visita e pela leitura do post.
Um abraço!
Não conheço esse livro, vc já deve estar fazendo aquela cara de como assim? Não tem problema rsrsrs eu não o conheço mesmo, mas imagino que seja muito bonito pelo que escreveu.
ResponderExcluirParabéns pela escolha, e pelos inúmeros comentários a ela.
Obrigado, Maria.
ResponderExcluirO livro é bonito sim. Leia-o se tiver oportunidade, você vai gostar.
Um beijo, menina!
Oi Lial,
ResponderExcluirNem preciso dizer que tb adorei esse livro. Ap'os lê-lo,acabei sentindo vontade de conhecer melhor o Hesse e lendo" Infância de um Màgico" onde ele fala do avô e da mãe q o influenciaram no seu encantamento pela India. Tb gostei bastante dos seus comentàrios sobre autores preferidos, para q escolher um? Ninguem vai mesmo para ilha deserta nenhuma! rs
Beijos,
Cybèle
PS ouvi vc declamando, adorei!
Oi, Cybèle.
ResponderExcluirÉ sempre bom tê-la aqui. Desculpe-me se tenho demorado a respondê-la; meus dias andam sem horas, mas com segundos que passam rápido.
Obrigado pelas leituras por aqui. E quanto ao Hesse, é mesmo um dos meus escritores favoritos. Livros como "Sidarta", "O lobo da estepe", "Demian" e "O jogo das contas de vidro" são fantásticos, mas ainda não li "Infância de um mágico". Espero lê-lo.
Também vi seu comentário lá no meu YouTube sobre minha declamação. Respondi. Que bom que foi lá e gostou do que ouviu, rs.
Um beijo!